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25 de nov. de 2011

DFDA-PB rebate fala de Cássio sobre alimentação escolar


              A delegacia federal do desenvolvimento agrário na Paraíba (DFDA-PB) respondeu as afirmações dadas pelo Senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) na última terça (22), durante a audiência na Comissão de Educação Cultura e Esporte, no senado federal, a respeito da não eficácia da lei que regulamenta a participação da agricultura familiar no fornecimento de produtos para alimentação escolar.
            A lei 11.947/09 define um percentual mínimo de 30% de compras de produtos da agricultura familiar para compor os cardápios oferecidos aos estudantes da rede pública de ensino.
            Para Giucélia Figueiredo, delegada da DFDA-PB, o Programa Nacional de Alimentação Escolar(Pnae) é um programa fundamental para o desenvolvimento econômico e social da agricultura familiar. “O Pnae é um programa estruturante, garante o crescimento da produção dos agricultores familiares, gera renda para o campo e estabelece a inserção das políticas públicas no meio rural”, comenta a delegada.          
Ao contrário do que afirmou o senador, quando disse que a formulação da lei foi restrita a Brasília e não ouviu a “outra ponta”, é sabido que o trabalho de negociação para a aprovação da resolução foi realizado durante o grito da Terra Brasil em 2009, fomentado também pela Jornada de lutas da Federação dos Trabalhadores da Agricultura Familiar (FETRAF) e a Marcha do MST, além de outros movimentos do campo. A sugestão da resolução partiu de uma articulação dos movimentos sociais com o Conselho Nacional de Segurança Alimentar Nutricional (CONSEA) para avançar na segurança alimentar com o objetivo de que a merenda escolar seja mais saudável, e chegue as escolas, priorizando a produção e a geração de renda nos pequenos municípios.          
            Segundo dados do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), vários estados brasileiros conseguiram com que mais de 20% dos seus municípios executassem a resolução, é o caso de do Ceará (30%), Sergipe (38%) Espírito Santo (37%), Amazonas (21%), Mato Grosso (27%) e Rio Grande do Sul (54%). Na Paraíba, 18% dos municípios já garantem a compra de produtos da agricultura familiar para a merenda escolar. “Vários municípios da Paraíba já ultrapassam o mínimo de 30%, é o caso do município de Cabaceiras que mesmo sendo o município com a menor precipitação pluviométrica do Brasil, a prefeitura municipal conseguiu comprar 71% do recurso disponíveis dos agricultores familiares”, comenta Antônio Souto, integrante do comitê estadual do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE).
O PROGRAMA
O PNAE é gerenciado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), e visa à transferência, em caráter suplementar, de recursos financeiros aos estados, ao Distrito Federal e aos municípios destinados a suprir, parcialmente, as necessidades nutricionais dos alunos. É considerado um dos maiores programas na área de alimentação escolar no mundo e é o único com atendimento universalizado. 
O programa tem sua origem no início da década de 40, quando o então Instituto de Nutrição defendia a proposta do governo federal oferecer alimentação para as escolas. Desde então, vários avanços foram conquistados, o principal deles foi a sanção da Lei nº 11.947/09, garantindo que 30% dos repasses do FNDE sejam investidos na aquisição de produtos da agricultura familiar.

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