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20 de jan. de 2011

Municípios e governos discutem alternativas para Cochonilha do Carmim




Representações do Cariri Oriental e Seridó paraibano participaram de reunião na última segunda-feira(17/01) na cidade de Soledade para discutir alternativas de convivência com a praga da Cochonilha do Carmim que vem causando elevados danos à pecuária daquela daquelas regionais a exemplo do processo de devastação registrados nos municípios do Cariri Ocidental paraibano.
O evento aconteceu no Clube Recreativo daquela cidade, foi tema no Programa Universo Rural da Rádio Bonsucesso de Pombal da terça-feira(18/01) e contou com a participação da Delegacia Federal do Desenvolvimento Agrário do Ministério do Desenvolvimento Agrário e dos órgãos do Governo do Estado da Paraíba através da Secretaria de Agricultura e pesca da Paraíba a exemplo de Emater e Emepa. “Nós constatamos que o evento foi um evento propositivo, se discutiu o problema, mas também se tirou encaminhamentos de enfrentamento do problema e vários encaminhamentos, uns mais fortes outros menos consistentes, mais estamos fazendo encaminhamento. Primeiro acho que de fundamental importância foi o comprometimento cabal do secretário de agricultura do Estado Marenilson Batista que veemente cobrou que se apresente projeto com metas pra que a gente possa operacionalizar a ação, isso é muito importante quando a gente vê o Governo do Estado sinalizando positivamente em partilhar, participar efetivamente das ações. Depois a participação dos técnicos da Embrapa, da Emepa, da Emater, da sociedade civil, a gente quase criando um consenso de que nós não temos como combater a cochonilha, mas temos como conviver com ela plantando as variedades de palmas existentes resistentes a cochonilha do carmim”, explica o prefeito em exercício daquela cidade, José Bento Leite do Nascimento.
O secretário da agricultura e pesca do estado, Marenilson Batista da Silva, ao dialogar com nossa equipe Stúdio Rural, informou que primeiramente o governo vai fazer todos os esforços para resolver as questões dos produtores rurais, mas inicialmente o coletivo terá que fazer um balanço do verdadeiro problema já que muitas vezes se discute muito, mas não vai exatamente ao problema exato e neste sentido é que o Governo do Estado juntamente com toda a sua estrutura somará forças coletivas na busca de um diagnóstico verdadeiro e preciso quando estabelecerá metas eficazes de convivência com a praga. “O Governo do Estado tem trabalhado no sentido de ajudar e facilitar a vida dos produtores e é isso que nós deveremos fazer, não atrapalhar, e os nossos órgãos do estado estarão a disposição dos agricultores, dos produtores para que realmente possa ter uma produção merecedora da Paraíba”, relata Batista evidenciando que a pecuária dar condições para que o estado tenha um dos programas de maior expressão que é o programa do Leite enquanto gerador de trabalho e renda na base e oferta de produtos nos programas sociais. “No caso da cochonilha ela influencia diretamente o alimento do gado, o alimento dos caprinos, dos ovinos que são fundamentais para estabelecer talvez o que eu chamo de o maior programa que o estado tem na parte da agricultura que é a questão do programa do leite e aí nos preocupa também porque são produtores que vão ofertar o leite e se não tem ração isso é complicado e também sou a favor que o produtor não fique refém da uma única fonte de alimento. Por isso é que quando de eu estava como delegado do MDA nós fizemos um trabalho muito bom com relação a questão das forragens com as motoensiladeiras e esperamos continuar essa parceria, nós do Governo do Estado, juntamente com o MDA”.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Barra de Santana, Paulo Medeiros Barreto, disse ser da opinião de que a sociedade precisa continuar as discussões sobre a pecuária de forma mais permanente para que o problema da praga seja motivador para se discutir a sustentabilidade da região a partir da pecuária enquanto suporte na atividade camponesa das bacias produtoras de leite e agregadoras de valor em seus produtos. “O que caba a gente agora é mostrar definitivamente para os produtores é que o problema é sério e muito e a gente não tem como fugir das discussões e apresar alternativas para coibir essa praga que está avançando para nossos municípios em nosso território”, relata Medeiros, aproveitando para lamentar que a prefeitura daquele município não tenha tido sensibilidade na busca de discussões e alternativas para a questão já que a secretaria da agricultura daquele município esteve fechada por um longo período e em sua recente volta não tem dado demonstração participativa junto ao segmento naquele município.  “A gente vai seguir essa trilha em que Soledade avançou, agora com um diferencial porque em nosso município fica difícil a tática com o gestor municipal, porque é difícil, a secretaria de agricultura há quase dois anos fechada, reabriu agora mas ater agora não discutiu nada, não tem um plano de ação, não tem um plano de trabalho para desenvolver no que diz respeito a praga da cochonilha”, lamenta Paulo Medeiros, mas garante que o sindicato está elaborando todo um trabalho de preparação de solo, plantio de palmas resistentes para multiplicação e distribuição através de fundos rotativos e ao mesmo tempo construir unidades demonstrativas do problemas e das soluções de convivência com a praga.
Já o representante da Coapecal, Cooperativa Agropecuária do Cariri, Marcelino Trovão de Melo, disse que a Cochonilha representa um dos maiores male acontecidos em toda nossa região, de forma que aquela cooperativa já vem fazendo um trabalho em parceria com entidades diversas daquelas microrregiões(Clique e leia) evitando impactos negativos na produção da pecuária bovina da região e conseqüentemente a produção e mercado do leite e carne em programas governamentais que estão desenvolvidos e em andamento. “Eu sempre digo que pode pintar o bicho maior do que ele é, ele é realmente devastador, ele é grave, só acredita quem está vendo e minha grande preocupação é essa realidade do bicho ser grande, do bicho ser temeroso e a maioria dos nossos produtores, por desinformação e as vezes não quererem buscar essa informação e as vezes até resistir a informação porque não vê e só acredita quando estiver vendo, e aí eu quero aproveitar esse espaço e passar essa mensagem: todos as pessoas procurem informação, a situação é gravíssima, então tem que buscar a prevenção, tem que começar se prevenir e começar plantar agora em municípios em que elas ainda não chegaram, começar fazer um trabalho para quando ela chegar você já está com sua reserva da palma resistente a cochonilha”.
Trovão lembrou que a situação do município de Caturité tem sido menos grave porque já vem sendo feito um trabalho educativo sobre a prática de se elaborar sistemas eficientes de silagem(Clique e leia) a exemplo da silagem de sorgo que já está sendo usado por diversos pecuaristas daquele município. “Exatamente isso aí, a nossa dificuldade não vai ser tão quanto as demais porque a cultura do sorgo já está bem disseminada, todo mundo já trabalhava, eu acho que 90% dos nossos produtores do município de Caturité já trabalha com a silagem de sorgo, então nós já estamos preparados prá enfrentar essa questão com o sorgo que é a alternativa e que nós já temos a cultura disso”, argumenta Marcelino evidenciando que, mesmo assim, nada se compara ao trabalho alimentar quando com a presença da palma forrageira.
Fonte: Stúdio Rural / Programa Domingo Rural

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