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24 de mar. de 2011

Caturité sedia oficina sobre caprinovinocultura e criação de cooperativa para a região




Dando continuidade ao processo de fortalecimento da caprinovinocultura em microrregiões da Paraíba, em especial Cariri Oriental e Cariri Ocidental é que o produtores rurais e lideranças camponesas do município de Caturité e Barra de Santana participaram de uma oficina sobre a as práticas que viabilizem a atividade dentre as quais a criação de uma cooperativa que possa dar continuidade aos trabalhos para a produção, produtividade e viabilidade de mercados. O evento aconteceu no último dia 18 na Câmara Municipal de Caturité.
Para o representante do Sebrae e instrutor naquele evento, Eugênio Peixoto, o evento é a continuidade de um processo de discussão continuada por dentro do território Cariri Oriental e Ocidental no sentido de redimensionar o trabalho de organização da cadeia produtiva de caprino e ovinos aqui nos territórios Cariri com ênfase no setor de Carne. “O que a gente está tentando é fazer um nivelamento das pessoas nas associações, das prefeituras pra que elas possam chegar mais próximas dos agricultores lá na base e a gente possa discutir qual seria a melhor estratégia organizar essa cadeia da carne de modo que o agricultor possa estabelecer um sistema de produção que permita maior rentabilidade com prazo menos”, explica aquele assessor, acrescentando que o processo de produto já acontece de forma tradicional,  faltando um planejamento produtivo que possa manter o produto no mercado de forma permanente e com um produto de cabritos qualificador para excelente consumo.
José Faustino Neto é presidente do Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural Sustentável de Caturité e, ao ser entrevistado por Stúdio Rural, disse que a oficina vem de decisões nas discussões do Fórum do Cariri Oriental objetivando fazer com que capacitações diversas aconteçam em municípios com vocação para a caprinovinocultura de toda a região caririzeira.”Ninguém perde por se organizar, só ganha, eu citei aí o exemplo da bovinocultura de leite, houve essa grande mobilização, todo mundo se organizou, a cooperativa se organizou e hoje ela já caminha com suas próprias pernas, se o governo disse assim: a partir de hoje vai haver um problema e não temos condições de comprar o leite, a cooperativa não vai falir porque ela já criou outros meios de sobrevivência e isso que está se pensando também pra caprinocultura”, explica Faustino Neto se reportando ao fato da atuação da Coapecal naquela região que representa espaço de conquista de mercado e que serve de modelo para a organização de uma cooperativa dos criadores de caprinos e ovinos numa escala regional e estadual.
João Gomes de Andrade é presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Caturité, disse que há uma grande necessidade de ampla divulgação das ações que vem acontecendo no território para que os produtores possam se organizar no processo de produção inspirados na realidade de mercado de forma sintonizada com os diversos municípios e garante que os sindicatos de trabalhadores rurais vêm e terão importante papel nas discussões e difusão das alternativas possíveis para o desenvolvimento da região. “O sindicato está sempre nas reuniões, na sede do sindicato, nas bases das comunidades e divulgando isso aí e procurando fortalecer a consciência do trabalhador porque ele está trabalhando incansavelmente de dia a noite, mas temos o objetivo de modernizar esse trabalho dele”.
Marcelo Cordeiro Costa é agricultor no município de Caturité e disse que a caprinovinocultura vem crescendo em toda a região e é necessário um processo de organização que facilite a vida dos produtores a partir da promoção dos novos conhecimentos tecnológicos além de organizar o mercado de forma permanente. “Caturité é muito forte na área leiteira de bovinos porque é um município pequeno, mas tem uma produção muito grande, deu certo porque tem a usina do leite cariri e temos a vita, aí já temos comércio pra leite a vontade. Agora na área caprina nós temos pra leite, poucos criadores pra corte e aí porque teve organização pra leite, veio as associações e teve o comércio de leite”, explica o agricultor pecuarista dizendo eu o município terá ampla participação também na produção de caprino para o mercado regional.
Barra de Santana participou do evento através do Sindicato dos Trabalhadores Rurais daquele município e, segundo o presidente daquela entidade, Paulo Medeiros Barreto, aquele sindicato vem intensificando as discussões entorno da caprinocultura já como um suporte a bovinocultura do município que vem sofrendo a ameaça do ataque da Cochonilha do Carmim na palma forrageira tida como principal fonte alimentícia do rebanho bovino naquele território municipal. “A gente já está olhando o amanhã porque Barra de Santana quase não tem caprinocultura, é todo enfocado na bovinocultura, mas com a doença Cochonilha do Carmim vai ter uma dificuldade de alimentar seus rebanhos, então a gente já está participando dessas discussões já divulgando a possibilidade de a gente ser atacado pela Cochonilha e a gente ter que mudar pratica na criação de nosso município  já que veja que a cabra come muito pouco comparando com a vaca, então a gente já trabalha com essa possibilidade de discussão porque amanhã a gente estará integrado dentro do processo participando e o município não fica de fora das discussões dessa cadeia produtiva também”.
Fonte : Stúdio Rural / Programa Domingo Rural

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